domingo, 3 de maio de 2009

"eu tive um sonho..."

Eu tive um sonho... não tão nobre quanto o de Martin Luther King, mas eu tive um sonho mesmo assim. Sonhei que no dia 03/05 o Pacaembu, por volta das 18h, assistia a uma virada inesquecível, um verdadeiro show de futebol, e que até mesmo a torcida adversária, apesar da decepção pela perda de um título dado como certo, aplaudia àquele espetáculo memorável, coisa que não acontece com frequência. Sonhei que os meninos da vila encantaram a todos com suas jogadas, que um certo camisa 9 fez o que dele se espera (gols) e que um goleiro mais uma vez foi decisivo em jogo importante. Sonhei que a imprensa toda havia se precipitado em suas conclusões, e agora se viam obrigadas e reconhecer os erros e apontar o Santos como o melhor time do campeonato. Sonhei que os "deuses do futebol" voltaram a iluminar o Pacaembu com uma daquelas vitórias que só o futebol nos proporciona, com lances mágicos, gol nos acréscimos e lances polêmicos.
Acabado o sonho, parabenizo o merecido campeão invicto Corinthians, que foi o time mais constante durante todo o campeonato. Talvez (e só talvez) não tenha jogado melhor que o Santos no somatório dos 2 jogos da final, mas indiscutívelmente foi superior aos adversários no decorrer do campeonato, e assim o injusto futebol acabou por fazer justiça nessa final.
Juntamos os cacos pela perda, cientes do esforço que fizemos e de nossas capacidades, porque em 1 semana já começa o Brasileirão e renova-se toda a expectativa e esperança de conquistar um título. Futebol é assim mesmo...
Santos, sempre Santos

domingo, 26 de abril de 2009

"só hoje..."

Só hoje o futebol poderia ser um esporte justo... só hoje o time que joga melhor poderia vencer... só hoje o time que pressiona o adversário o tempo inteiro poderia traduzir isso em gols... só hoje um certo camisa 9 poderia aprender a não estar em impedimento em TODOS os lances do jogo... não! A graça do futebol está exatamente na injustiça, na sorte e no acaso. Desta forma, o Santos perdeu a primeira partida da decisão pro Corinthians por 1 x 3. Ainda restam 90 minutos no Pacaembu, e justamente por se tratar do injusto futebol, o Peixe ainda pode ser campeão paulista 2009. Chegou a hora de mostrar que o "SANTOS É O TIME DA VIRADA, SANTOS É O TIME DO AMOR". Eu torço pra que consigamos esse feito, pois o time merece pelo que vem jogando. Basta não pecar tanto nas finalizações e torcer pra que um certo fenômeno não desequilibre novamente. Amanhã é dia de botar a camisa e encher o peito de orgulho, perdemos o jogo de pé, jogando bem e criando chances. Os verdadeiros torcedores sabem disso: é nas derrotas que percebemos quem está com o time e quem só comemora os títulos. Eu pessoalmente me encontro no primeiro grupo, acho que os 18 anos de jejum de títulos me fizeram lidar melhor com essas situações. Vergonha? Vergonha teria se o time não se esforçasse em campo, o que não é o caso. Domingo que vem é dia de mais injustiça, e um alvinegro fará a festa em SP. Se for o Santos, maravilha, se for o Corinthians, parabéns e bola pra frente.
Santos, sempre Santos

terça-feira, 21 de abril de 2009

Futebol em branco e preto - a final do paulistinha 2009

Ufa! Enfim chegamos. Superando expectativas inclusive de seus próprios torcedores, o Santos, na semana em que completou 97 anos de glórias e futebol-arte, se credenciou à disputa de mais uma final. O adversário será o Corinthians, o outro alvinegro do estado. Jogando um futebol vistoso, aguerrido, determinado e irresistível, o peixe atropelou o Palmeiras nos 2 jogos da semifinal. Se na primeira partida tivemos o melhor jogo do campeonato, com incontáveis chances de gol para os dois lados, na segunda partida foi o "jogo de um time só". Ouvindo a partida pela radio Bandeirantes, perguntaram ao comentarista antes do jogo se o Santos iria para cima do Palmeiras. Veja a resposta: "- não deveria ir, mas irá com certeza, porque está no DNA do Santos...". Depois disso, é difícil acrescentar mais alguma coisa. É da natureza desse time buscar sempre a vitória, jogar de maneira ofensiva, não se intimidar jamais. Foi o que fizemos. Sem utopismo (será?!), foi a primeira vez que vi um time jogando um clássico fora de casa, sem a necessidade da vitória para se classificar, de maneira tão ofensiva, sufocando o adversário em seus próprios domínios. Foi demais! Mas ainda não acabou...restam 2 partidas para os famosos "deuses do futebol" voltarem a sorrir por estas bandas. No Brasil, funciona assim: lembra-se sempre do campeão. Por isso, aguardo ansioso pelo título que consagrará o que todo santista já percebeu: esse Santos é mais um time diferenciado, daqueles que ficam marcados na história do maior clube do Brasil. O pequeno Madson é incansável, no ataque e na defesa, na velocidade e na habilidade; Paulo Henrique Ganso não se esconde do jogo, erra porque arrisca e quando acerta...arranca suspiros da torcida incrédula; Neymar cresceu na hora decisiva e foi determinante na semifinal, agora é a hora de se posicionar ao lado de Pelé e Robinho, jogando bem contra a vítima favorita destes grandes ídolos santistas. Como aconteceu com a última geração reconhecida pela imprensa, a de 2002, novamente a final será contra o Corinthians. Será que teremos pedaladas novamente? Quem sabe... o que sei é que serão 2 jogos eletrizantes. Felizmente, após muito tempo, o Santos poderá jogar uma final em sua casa, a Vila Belmiro, alçapão que faz muita diferença. O segundo jogo será no Pacaembu, a nossa "casa" na capital, estádio que já viu uma das maiores apresentações do Santos, naquele inesquecível 10/12/1995 (Santos 5 x 2 Fluminense - semifinal do campeonato brasileiro 1995). É inevitável e quase impossível conter a euforia diante das circunstâncias, mas seguiremos como azarões, correndo por fora até os 45 do segundo tempo, quando já sem condições de evitar o inevitável, a voz dos 10% de santistas presentes no Pacaembu no dia 03/05/2009 se fazer mais forte que toda a imprensa esportiva, e ecoar por todos os lugares um só grito: VAI PRA CIMA DELES, SANTOS!!!

domingo, 5 de abril de 2009

Mas será possível?

Retomando os estudos agora em 2009, me surgiu a questão durante uma aula: seria possível uma democracia no real sentido do termo, ou seja, que remeta à ideia original formulada pelos gregos? Convenhamos, o conceito de democracia foi banalizado a tal ponto que atualmente nos contentamos com eleições periódicas e o suposto "direito" de votar. Posso até imaginar os filósofos gregos e, especialmente, Rousseau (para quem "a soberania e inalienável") se remoendo em seus túmulos ao ouvirem após os pleitos que a democracia se consolidou em determinado país...
É evidente que não vislumbro a população de cada capital dos estados brasileiros, por exemplo, se reunindo em praças públicas para deliberar sobre as demandas do país. Mas, por outro lado, isso aqui é o "utopias juvenis", deve haver uma possibilidade. Vejamos: entendo que a democracia "antiga" (o governo do povo) pressupõe automaticamente a participação ativa da sociedade, enquanto que atualmente obtemos a duras penas um governo "representativo" (representativo de quem? assunto para outro post, talvez...). Acredito ser possível darmos um passo além da representatividade e flertar com a democracia, pelo menos. As praças públicas descartadas, miremos então a tecnologia: por que não se utilizar dos caixas eletrônicos dos bancos para que a população possa votar as leis e mudanças propostas, ainda a princípio, pelos parlamentares? (sim, a inclusão bancária no Brasil é bastante reduzida, mas só pra citar um exemplo, se considerarmos o número de pessoas que possuem o "cartão do cidadão" da Caixa Econômica Federal ou que recebem algum benefício social através de cartão magnético, como é o caso do "bolsa família", esse número aumenta consideravelmente). Para que algo fosse aprovado, deveria haver ao menos participação de 50% da população, observando sempre que a aprovação estaria condicionada à maioria simples dos votantes (50% + 1). A ideia não passa de um rascunho mal formulado, do qual depende indispensavelmente uma reformulação radical no sistema educacional brasileiro (assunto para outro post...), coisa para se implantar daqui a algumas décadas, quando a população estiver mais habituada ao uso de máquinas e, principalmente, ao uso da democracia como instrumento social para promover as mudanças necessárias. Coisa para quando nos dermos conta que votar em pessoas para exercer os nossos direitos é tão absurdo quanto esperar que alguma mudança efetiva parta espontaneamente dos nossos "representantes"...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Mais um raio que cai na Vila Belmiro

Contrariando todas as previsões pessimistas que cercam atualmente o futebol, novamente o Santos nos brinda com um talento raro, daqueles jogadores que impressionam pela ousadia e habilidades cada vez mais escassas. Ah, Neymar! Que prazer vê-lo jogar. Que alegria é saber que o futebol ainda pode me fazer sorrir. Esse Santos tem oscilado, mas joga bonito demais...literalmente, enche os olhos de quem vê: enche de alegria, de saudade de uma época onde o Brasil era mesmo o país do futebol, enche de lágrimas, enche de surpresa. Pode não dar em nada esse time, mas ainda assim terá valido a pena. Outros torcedores costumam não entender como os santistas se contentam com tão pouco...ah, se eles soubessem...ah, se eles pudessem...ah, se eles tivessem...procuramos sempre dar espetáculo, que as vitórias sejam consequência do trabalho bem realizado. Não importa se perdemos, mas se podemos no dia seguinte vestir a camisa e encher o peito de orgulho pelo futebol-arte demonstrado. E disso não posso me queixar, ainda bem...
Neymar o Paulo Henrique (o Ganso) relembram os melhores momentos que o Santos já proporcionou a esse país. Ganso tem a categoria e o talento do nosso eterno messias Giovanni, e Neymar a habilidade e talento de Robinho, mas com a inteligência de alguém ainda maior...
Ah, garotos, voces bem que podiam mudar a história do futebol brasileiro, retormar os velhos tempos, onde os craques faziam história pelos clubes que o revelaram...dane-se a Europa! O futebol é aqui! Vocês poderiam ser os novos Marcos e Rogério Ceni, que tal?
Bom, enquanto os euros não lhes seduzem, vou aproveitando cada lance, cada jogada, cada drible pra sorrir um pouquinho e sonhar com uma consequência a altura dessa magia que vocês desfilam em campo. Só lamento que a tv aberta mantenha essa postura de ignorar o maior campeão brasileiro até hoje (dessa vez, será reconhecido: Santos octacampeão). Vai pra cima deles, Santos!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Chegadas e partidas

Cinco minutos observando as pessoas no Terminal Rodoviário Tietê são suficientes para obtermos uma vasta amostra do que um ser humano pode sentir. A tristeza de uma partida denunciada pelo choro compulsivo; a alegria de reverum ente querido após longo tempo; o cansaço, fome e sono após uma extenuante viagem que pode durar mais que 3 dias; a pressa em chegar à plataforma de embarque para não perder o ônibus; o espanto em chegar pela primeira vez à cidade grande. Os enormes e pesados sacos que chegam trazem mais que guloseimas e comidas típicas "da roça", estão mais carregados da saudade daque infância no meio do mato que não volta mais; as enormes e pesadas caixas que partem tentam levar ao sertão um avanço tecnológico que parece "progredir" cada vez mais rápido. Muitos sonhos começam no Terminal. Mas a realidade daquele lugar rodeado por grades logo demonstra que os sonhos não são facilmente realizáveis. O Terminal é um lugar de emoções: a alegria se mistura e se confunde com a tristeza. Pois, como Maria Rita já cantou "a hora do encontro é também despedida". E nenhuma despedida é fácil. E as pessoas que chegam? Será que trazem dentro de si mais saudades do que (e de quem) ficou para trás ou têm mais alegria e esperança de prosperar na metrópole? E a prosperidade a qual me refiro pode ser financeira, amorosa ou até mesmo física (talvez um tratamento médico que só os grandes centros possam oferecer)...enfim, o Terminal Tietê é um fiel retrato da cidade de São Paulo, tão grande, mas já tão pequeno, tão cinza e superpopuloso, tão assustador e acolhedor, com uma diversidade cultural tipicamente brasileira. Começando sonhos e terminando histórias. Um elo entre o passado e o futuro.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A troca

Todo bom filme começa com uma boa história. E a história de "A troca", o novo filme de Clint Eastwood, é primorosa. Ambientado nos anos 20 e 30 na Califórnia, narra os percalços de uma mãe em busca do filho desaparecido. A polícia de Los Angeles, conhecida pela incompetência e corrupção, supostamente soluciona o caso, trazendo à mãe desesperada um garoto. Mas aquele não é o filho desaparecido. Começa então uma verdadeira batalha de uma mulher para recuperar aquele que ela mais estima na vida, contra a insensatez de uma polícia receosa de admitir um erro e virar chacota na imprensa. Não vale à pena esmiuçar aqui o desenrolar da trama, pois a intenção é apenas estimular os leitores a irem ao cinema. Mas há que se exaltar algumas características do filme. A mais importante de todas, na minha opinião, é a importância e acreditar nas pessoas, dar um voto de confiança, contar com a ajuda dos outros. Em tempos tão sombrios, a desconfiança é latente no ser humano. Mas, apesar de tudo, apesar das contradições, afirmo que o filme passa essa mensagem: vale à pena acreditar nas pessoas, por mais que quebremos a cara, em algum momento seremos recompensados, e então sentiremos que nossos esforços não foram em vão. Outro aspecto marcante do filme é o que a mobilização dessa mãe foi capaz de obter em benefícios para toda a cidade. E o filme é baseado em uma história real. Fico me perguntando porque histórias como essa nunca chegaram aos nossos ouvidos, porque não são lembradas como exemplo. Fico me perguntando porque guerras são sempre lembradas, porque em 2005 comemorou-se 60 anos do fim da II Guerra Mundial, quando deveríamos lamentar todos os dias o início de uma guerra qualquer que seja ela. A verdade é que histórias de perseverança acontecem todos os dias, mas não nos damos conta. "A troca" é, acima de tudo, uma história de esperança, esperança em muitas coisas, não apenas em reencontrar um filho desaparecido. Filmaço!!!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Yes, they can

Finalmente chega ao fim a desastrosa administração de George W. Bush. O mundo pode voltar a sonhar com paz. Ouvi falar hoje que após as guerras preventivas de Bush, os EUA não foram mais atacados em seu próprio país. Mas então me perguntei: os EUA já foram atacados em seu território antes do 11/09 (esse já na gestão Bush...)? Um governo que abriu mão da geração de empregos e estímulo da economia para gerar guerras ao redor do mundo e semear o ódio pelo ocidente não poderia ter outra avaliação senão a pior da história daquele país. Um presidente que chegou ao poder de maneira questionável e baseado no medo ganhou mais 4 anos para aterrorizar aqueles que não se posicionavam como "aliados". É evidente que não faria um sucessor, aliás, é evidente que um candidato de seu partido não gostaria de ter um cabo eleitoral desse tipo em seu palanque. Então, os americanos, à maneira deles (não podemos exigir demais...) decidiram dar um basta no conservadorismo. É assim que Barack Obama chega ao poder, como o portador da esperança. Guardadas as devidas proporções, a eleição de Obama tem similaridade com a eleição de Lula em 2002 (lá, a esperança venceu o medo com 6 anos de atraso em relação ao Brasil...). O povo americano quer alguém que volte os olhos para os EUA ao invés de tentar resolver os problemas do mundo. Diga-se de passagem, os problemas não foram resolvidos nesses 8 anos... a suposta tentativa de levar a democracia ao oriente resulta em permanente estado de alerta no Iraque, com a possibilidade constante de ataques contra o "força de libertação" norte-americana. Enquanto isso, em seu próprio país, cada vez mais leis são aprovadas no sentido de dizimar as liberdades individuais, valor tão estimado pelo povo americano. Quem prometeu a cabeça de Bin Laden, teve que se contentar em dar a cabeça de Saddan Hussein, o mesmo que adquiriu armamento de guerra anos atrás, com o apoio do então presidente Bush "pai". Nesses últimos 8 anos, passei a considerar George W. Bush o terrorista mais perigoso do mundo, por 2 razões: ele espalha o terror pelo mundo, tem o maior arsenal da Terra a seu dispor e o pior, não é procurado pelas polícias mundiais! De resto, quero sugerir um alvo aos "terroristas": da próxima vez, destruam a Estátua da Liberdade, pois com certeza o número de civis mortos será menor e a eficácia do ato será incomensurável, já que George W. Bush acabou com as liberdades do cidadão americano. E que Obama possa dar um jeito nos EUA sem para isso sugar as economias periféricas, como já aconteceu em décadas anteriores. É esperar e torcer pra que dê tudo certo...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Carta de intenções

De: pais santistas
Para: seus respectivos filhos

Filho, o motivo que me leva a essa conversa não me agrada, mas é inevitável. Preferia não ter que falar nada, mas entendo sua indecisão. Poderia ter, desde seu nascimento, buscado influenciá-lo e registrar todo esse processo, para intimidá-lo, mas não o fiz. Não seria correto, pois não fizeram isso comigo. Essas coisas têm de acontecer de maneira natural, mas antes preciso te dizer algumas coisas. Como um jornalista disse certa vez, "o pai que não faz time do filho é, de certa forma, um fracassado" (em tempo: o jornalista se chama Flavio Gomes, é torcedor da Portuguesa, assim como seus 2 filhos). Não sei se o que tenho a te oferecer é satisfatório, mas ainda assim vou tentar. O Santos não ganha títulos todo ano, não é "imortal", não tem a maior torcida do país, não é "um bando de loucos", não é "campeão de tudo", nem mesmo é da cidade onde você mora...mas, em quase um século de existência até agora, ainda conseguimos ostentar algumas exclusividades: somos o maior campeão nacional, o primeiro brasileiro a conquistar o mundo, o melhor clube das Américas no século XX (estes 2 últimos ninguém nos tirará). Não ganhamos sempre, mas quando ganhamos...ah, como saboreamos nossos títulos, valorizamos cada um de verdade. Eu mesmo esperei 18 anos pelo primeiro e não hesitaria em esperar o dobro disso novamente. Nossa camisa representa a essência do futebol brasileiro, somos capazes de perder partidas e finais, mas ainda assim encher os olhos com a mais bela nostalgia de quem as vê. Não somos loucos nem torcedores doentes, porque loucura e doença é não torcer por esse time de tantas glórias. Não somos imortais porque nunca passamos pelo desgosto de sermos rebaixados, outro fato que poucos clubes "grandes" (eita palavrinha banalizada no futebol...) podem ostentar no Brasil. Sim, nossa casa é modesta, mas é um templo do futebol, palco de espetáculos memoráveis. Não somos campeões de tudo, mas tudo aquilo de que somos campeões foi merecido e desfrutado. Estamos longe de ser o melhor time do mundo, mas tivemos o melhor do mundo em nosso time, e isso não mudará jamais, é eterno, assim como aquele número 10 às costas de uma camisa branca sem patrocínios com o nosso distintivo à frente. Por fim, filho, tento minha última cartada: sabe aqueles tipos de histórias fantásticas que os avôs costumam contar aos netos, aquelas que parecem contos de fadas, com reis, princesas e bruxas? Pois então, meu filho, só posso te assegurar que todas as histórias fantásticas que você ouvir durante sua vida sobre o Santos Futebol Clube são verdadeiras. quando você estiver escutando e tentar imaginar em sua mente, por mais absurdo que algo possa parecer, realmente aconteceu...O Santos ajuda a escrever a história da humanidade (até guerra já parou), espero que você possa ajudar a escrever a história do nosso Peixe.